segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Brasília, 26 de agosto de 2013



     Iniciamos a aula com um intérprete, pois o professor bateu o queixo no chão durante o fim de semana e estava impossibilitado de falar muito. Foi interessante demais, porque prestei atenção a todos os sinais e na dificuldade de traduzi-los para o português. Hoje havia apenas um surdo, o Rafael. Ele é muito divertido e engraçado, além de se comunicar muito rápido. O Rafael me faz pensar como é difícil entender uma língua diferente sem ter calma, porque para ele é normal fazer os sinais rapidamente, mas para nós, ouvintes, é complicado acompanhar tudo porque estamos aprendendo LIBRAS agora. Sei que ele não faz por querer e sim porque é a rotina dele. É interessante que o Rafael se mostra muito paciente com todos os ouvintes e repete todos os sinais quantas vezes nós pedimos.
    Hoje percebi também que aquela parde de vidro que achei estranha no primeiro dia de alua tem sua utilidade: serve para despertar o interesse por LIBRAS dos outros alunos da outra sala. Muitos alunos olhavam curiosos para o professor, que ficou a maior parte da aula em pé. Acredito que isso possa ser importante para a divulgação da LIBRAS, tanto pela curiosidade, quanto pela importância que aqueles alunos possam estar dando a esse tipo de comunicação.
     O tradutor foi fundamental para que essa aula se desenvolvesse de maneira natural, porque sem ele provavelmente terminaríamos a aula mais cedo. Esse é um dos motivos que a divulgação da LIBRAS deve ser intensificada cada dia mais.
     Percebo que todos os alunos estão tão interessados na Cultura Surda quanto eu e isso me motiva ainda mais a aprender sobre esse mundo tão fascinante.

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